23 de maio de 2011

dizer não, quando se diz

sim. sim, quando

não.

só, quando aqui,

lá quando o lá

é mi.

e o sol, bate nas frestas,

rasgasse-lhe às réstias,

dissipasse-lhe o

que nem resta.

de repente bate à porta

qualquer rosto, qualquer

voz, e abresse-lhe, mais

de repente ainda, a casa

como cheirando à roupa

velha, guardada.

abresse-lhe porta a porta,

deixasse-lhe

abrir.

e fora, o que fora

lá fora. e guardasse-lhe,

dentro do peito, o que

porta alguma pode abrir,

o inominável sol que não

clareia frestas, mas

esquentasse-lhe ainda,

feito chama, o peito

que sacode ao que

portas abresse-lhe.

se inda duvidasse-lhe.

sente o peito

rechaçasse-lhe o peito

ao que dói.

ao que sentesse-lhe.

ao que, se lhe pede,

pra que diga,

dirá: se lhe.

é só felicidade

de lembrardes o rosto

o toc toc dos sapatos

o pigarro de velho

e as mãos frias contra

espinha quente.

é lembrar, com

felisaudade

o que o tempo não

devolve: arrastasse-lhe.

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