29 de junho de 2011

desde borboleta era o branco

de quem deus costumava caçoar

mas era muito diante do pouco

e da vida, ainda por pintar [mayara pontes]



e sempre que lá fora fazia sol,

eu corria a empinar pipas e

pensar no velho do restelo.

cresci, voei e

não me sobrou mais tempo algum.

hoje só me resta a lembrança

dos livros empoeirados e

do lápis de cera a me cobrir de tinta

qualquer espaço entre músculos e

sonhos.

desde pintor era moleque

disso nunca passou

com suas borboletinhas

borradas, preto e brancas

que não levantavam vôo.


ah, se fossem de plástico

quem dera tivessem cor.


desde borboleta era o branco

de quem deus costumava caçoar

mas era muito diante do pouco

e da vida, ainda por pintar.

27 de junho de 2011

não me equiparo a poetas. eles usam barba e são todos homens gigantes. equiparo-me a passarinhos, tenho pena nos ouvidos e contemplo o azul como sonho maior.

17 de junho de 2011

Quem é quem

Pra julgar o coração

De alguém?

13 de junho de 2011

esta noite lindamente:
dei à luz um monstro.
[ângelo bruno

nas últimas noites não tenho apagado a luz antes de dormir. não que eu tenha medo do escuro, temo, sim, o que posso fazer com o breu que se encerra no meu quarto. há alguns dias descobri manchas escuras por todo o chão, horrendas, tenebrosas, fariam tremer até um corvo. saíam da minha cama e se espalhavam por todo o piso, que precisará de um novo tapete para decoração. outro dia. não somente manchas como da última vez, também traços, linhas, formas geométricas, agora preenchendo as paredes e o teto. tentei removê-los, inútil. dia seguinte, muito pior. não se podia mais dizer das manchas, o quarto escurecera por completo. escrivaninha, estante, cômoda, cama e até o espelho, indefinivelmente negros. imaginando que aconteceria novamente, fiquei acordado para saber o que ocorreria durante a noite. desde então não apago a luz para dormir. e quando eu leio para ter sono, prefiro os livros com páginas em branco.

12 de junho de 2011

O certo em minha vida,

É que nunca fui afeito à rima,

Me coloco no meio termo,

Nunca muito abaixo, nem acima.

9 de junho de 2011

quando quiseres sentir
o que sentem os anjos no paraíso
vem! vem e diz querer.
arrependo os teus pecados
ajoelho o teu corpo
e te rogo o meu perdão.
faço-te confessar a tua queda
e te permito levantar sobre o meu corpo
para alcançares o que dizem
ser o último céu.

3 de junho de 2011

 

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