desde borboleta era o branco
de quem deus costumava caçoar
mas era muito diante do pouco
e da vida, ainda por pintar [mayara pontes]
e sempre que lá fora fazia sol,
eu corria a empinar pipas e
pensar no velho do restelo.
cresci, voei e
não me sobrou mais tempo algum.
hoje só me resta a lembrança
dos livros empoeirados e
do lápis de cera a me cobrir de tinta
qualquer espaço entre músculos e
sonhos.